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domingo, 22 de maio de 2011

RESPEITO OS HOMOAFETIVOS

Mirian Montanari Grüdtner

Meu respeito e afeto a todos aqueles que lutam com os conflitos de identidade sexual,

àqueles que, por um contexto biopsicossocial e espiritual, adquiriram tendências homoafetivas,

àqueles que são bombardeados por ideologias não dignas de crédito, segundo as quais o indivíduo “nasce assim e deve assumir ser assim pra ser feliz”...

Meu respeito e afeto também àqueles que acreditam na possibilidade de uma revisão de vida e de uma reconstrução do presente e do futuro.

A todos esses o meu respeito, porque são seres humanos, irmãos meus... Sou contra a violência a esse grupo.

No entanto, acima de qualquer coisa, meu respeito ao Autor da vida e aos princípios imutáveis, sob os quais surgiu a vida, os animais e o ser humano. De acordo com os quais, os seres humanos, macho e fêmea, têm o propósito de se completarem. Fêmea e fêmea não se completam. Macho e macho não se completam. E se hoje há machos e fêmeas que não se completam, o problema não está com o Autor das criaturas, nem com os princípios imutáveis, mas com o afastamento destes, por parte da humanidade – indivíduos, famílias e sociedades que involuíram, quer gerando relacionamentos hétero frustrantes, quer gerando novas orientações sexuais que nunca preencherão vazios existenciais, nem emocionais, nem espirituais e, por incrível que pareça, verdadeiramente, nem sociais.

Acredito que o finado deputado federal Clodovir (O correto é ‘r’ mesmo!) Hernandes tinha consciência dessa verdade. Embora homossexual, declarava-se contra a Parada do Orgulho GLBT, contra o casamento gay e contra o movimento homossexual brasileiro.

Princípios imutáveis em primeiro lugar, em detrimento das legislações humanas e das aquisições humanas de novas alternativas sexuais não significa, em hipótese alguma, preconceito. Significa convicção e fidelidade àquilo que desde o princípio deu certo. Pelo contrário, legislações que rebaixam a família original heterossexual ao mesmo status de uma homointeração não caracterizam imensurável desrespeito e afronta ao Autor da Vida?

Esses dias vi um pai se manifestando e exigindo respeito da sociedade por causa de sua opção de manter um caso incestuoso com a filha, maior de idade, sob a aprovação de ambos, após o falecimento da esposa/mãe. Será que se ele conseguir um número significativo de manifestantes, não terá seus direitos garantidos também?

É impossível imaginar até onde a sociedade irá “licitar” as ações que a humanidade medíocre e involuída produz, aprovando leis que protegem os novos modelos de interação humana, em nome do “Amai-vos uns aos outros”, o lema da Parada do Orgulho LGBT 2011.

O meu respeito aos homoafetivos, mas acima disso, o meu respeito ao Autor da Vida e dos princípios imutáveis.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

UM DIA DAS MÃES




Mirian Montanari Grüdtner, 07/05/2004

A quinta-feira que antecede o dia das mães começou bem cedo pra mim. Como meu marido tinha compromisso logo cedo, ele levaria minha filha mais velha, de 11, pra escola – uma tarefa minha de todos os dias. Nesse dia, especialmente, eu pensei: “Que bom! Vou poder dormir um pouquinho mais para acordar disposta para o dia MS – de Muito Serviço – e dar conta de tantas coisas.” Ficar na cama ficou só no desejo:

-Manhêê, arruma meu lanche que eu ‘tô’ atrasada.

Bem, uma Mãe Que Se Preze levantaria rapidinho e iria, com todo carinho do mundo, arrumar o lanche da filha. Como eu queria ser uma Mãe Que Se Preze, levantei-me rapidinho e fui, com todo o carinho do mundo, preparar o lanche pra minha filha levar.

Com isso, meu sono acabou e resolvi que naquela manhã eu não teria mesmo minha meia hora de bônus na cama. Então me troquei e fui dedicar algum tempo para minhas meditações diárias.

Depois disso:

-Manhêê, ‘tô’ com fome...

Era a caçula de seis anos que, invariavelmente, todas as manhãs, ao acordar, são essas suas primeiras palavras. Depois ela me abraça e diz: “Bom dia, mãe!”

Lava o rosto, troca de roupa, penteia o cabelo e lá vamos nós para a cozinha.

-Mãe, quero banana amassada com aveia e leite e um pouquinho de flocos de milho por cima.

Depois do café tem a história de cada dia. E a caçula não se contenta com uma ou duas. Quer mais.

Depois da história de cada dia tem roupa pra passar. Muitas roupas. Começo a passar as roupas e ligo a TV num programa de variedades. Tem uma receita interessante e eu a anoto. Dez horas e interrompo minha atividade para ajeitar o almoço, mas liga uma amiga desesperada, chorando, com problemas no casamento. Então converso com ela e tento acalmá-la, mas isso leva quase uma hora, ou seja, já são quase onze horas... Nossa! Quase onze horas!

Começo a arrumar o almoço e meu marido liga avisando que não poderá pegar a mais velha na escola, ou seja, eu deverei ir buscá-la. O problema é que nesse dia estamos com um carro só, então tenho que esperar meu marido chegar, levá-lo ao compromisso e depois buscar a mais velha. Enquanto ele não chega, termino de arrumar o almoço e amasso o pão.

Ufa! Leva um, busca outra. Almoço pras crianças e pra mim também. O marido almoça fora. Arrumo a cozinha. Passo mais um pouco de roupa. Academia. Será que dou conta? Não, não vou faltar. Vinte minutos de esteira. Trinta minutos de pesos. Quinze minutos de abdominais. Alongamento e casa novamente.

O pão já cresceu e é assado. Já está na hora da aula de música da mais velha. Quatro horas e lá vamos nós! Aula de música da mais velha. Buscar o marido. Compras no mercado. Ufa de novo!! Passa por um corredor, passa por dois corredores: óleo, sal, açúcar, trigo, massas, temperos, artigos de higiene, ovos, leite, frutas e verduras. Caixa e casa. Descarrega. Organiza.

O papai convida as duas para saírem. Ótimo! Sozinha em casa eu posso respirar um pouco e terminar meu serviço. Já está quase escurecendo, eu estou cansada, mas não quero serviço para amanhã...

Não demorou muitos minutos e eles voltam. A mais velha quer umas explicações sobre sufixos e prefixos. Lá vou eu cavoucar minhas lições da Faculdade de Letras: fobia é ...

-Manhêê, vem aqui na sala um pouquinho...

-PARABÉNS A VOCÊ...

-Parabéns, mãe!

-Parabéns, mãe!

-Parabéns, Mi, pelo Dia das Mães!

Na mesa tem uma torta de morangos, um vaso lindo de lírios amarelos e um embrulho caprichado: é um conjunto de roupa esportiva. Puxa! Presente adiantado do dia das mães. Que legal! Guardo meu presente, como a torta. As crianças vão tomar banho e vão pra cama. O marido vai jogar tênis. Mas eu ainda tenho serviço. Arrumo novamente a cozinha. Meu marido já chegou. São dez horas. Guardo as roupas que ficaram sem ser passadas. Tomo meu banho e vou para a cama. Boa noite e feliz dia das mães!